segunda-feira, 5 de março de 2012

Terror e muita acção em «Resident Evil: Revelations»

A Nintendo 3D começa 2012 com um título que faz prever um excelente ano para os admiradores da consola e dos videojogos. «Resident Evil: Revelations» é para ser jogado in loco, já que transporta com facilidade o jogador para um mundo de terror, tensão e acção que não é normal vermos em conjunto nos videojogos. Após um início periclitante, finalmente a Nintendo 3D parece ter encontrado o seu caminho. Isso ficou demonstrado principalmente com Super Mario 3D Land e Mario Kart 7, dois títulos ícones da marca japonesa. Abriu-se então uma porta que já não era permitido fechar, com uma qualidade que os usuários não iriam deixar de ver nas consolas futuras. Portanto, antes de tudo, «Resident Evil: Revelations» mantém o nível deixado pelo passado recente da Nintendo 3D, o que faz com que o jogo valha cada cêntimo gasto, ainda mais quando estamos perante um jogo que não está ligado as eternas franquias da Nintendo, como são os casos de Super Mario e Mario Kart. Supera em muito o seu antecessor, «Resident Evil: The Mercenaries 3D». Em termos gerais, estamos perante um jogo que convence nos gráficos, que comprova os benefícios do 3D, que estimula a jogabilidade e que apresenta uma história digna de um filme, preenchida de flashbacks. De referir que, em cada nível ultrapassado, temos no seguinte um resumo de toda a história vivida até ao momento, localizando e recordando assim os jogadores na trama. A história está compreendida entre Resident Evil 4 e 5 e, comparada com o seu passado, apresenta muito mais acção, relegando por vezes o terror para o segundo plano, embora este esteja sempre presente, principalmente devido a música, aqui factor preponderante no jogo. Uma pergunta exige-se, portanto: a aposta mais forte na acção retira dignidade a alma de Resident Evil? Pelo contrário, dá-lhe mais profundidade, abrindo ao mesmo tempo óptimas perspectivas para o futuro. Em resumo: estamos perante um novo caminho na franquia, um trilho que está enquadrado com aquilo que os usuários desejam e anseiam nos nossos dias. A principal característica de «Resident Evil: Revelations» é, como já referido, a acção, grande parte passada no interior de um barco, o que traz um ar claustrofóbico ao jogo, já que a nossa liberdade está limitada ao seu espaço. Os corredores são inúmeros e acabamos por explorar a totalidade do navio, que por vezes são realmente labirínticos, embora acabemos por encontrar, mais cedo ou mais tarde, o caminho. Nota também para o regresso das malditas chaves, que temos de encontrar para abrir certas portas e, consequentemente, avançarmos no jogo. De referir ainda que a acção não passa exclusivamente no barco, embora grande parte do jogo esteja concentrado neste local. «Resident Evil: Revelations» apresenta criaturas bastante variáveis, o que aumenta em muito a adrenalina do jogo, já que cada uma tem o seu próprio modo de atacar, o que obriga nós, usuários, a conhecer as suas fraquezas. Essa enorme quantidade de inimigos oferece uma perspectiva nova, pois acaba por aumentar em muito os níveis de dificuldade apresentados, facultando assim uma variedade de acção exemplar. Para ultrapassarmos com vida as criaturas será necessário aprimorar a nossa pontaria. Mas também saber lutar, já que, por diversas vezes, teremos de esquivar no momento certo dos nossos inimigos, como se um combate corpo a corpo se tratasse. O arsenal de armas também é bastante diverso, para gáudio dos amantes dos artefactos bélicos. É permitido levar connosco três armas distintas a todo o momento. Obrigatório é verificar os baús que cruzam o nosso caminho, pois só assim poderemos melhorar o nosso arsenal. Em relação aos movimentos, nada a assinalar. A agilidade é a nota dominante e a sua resposta é instantânea e precisa para os desafios que são colocados. Já em termos gráficos, aí sim temos de felicitar a Capcom, que conseguiu talvez fazer até ao momento o jogo mais impressionante para a Nintendo 3DS, juntamente com SuperMario. Os cenários adaptam-se perfeitamente a nova tecnologia e levam o jogo a outros parâmetros, oferecendo uma realidade fílmica até então ignorada pelas consolas portáteis. Ao contrário de jogos passados, a vista não se cansa e podemos jogar «Resident Evil: Revelations» em pleno no modo 3D, ainda mais que é permitido calibrar a intensidade do mesmo no menu do jogo. Por último, o modo Desafio. Talvez aqui esteja um dos grandes aliciantes do jogo. Temos 20 níveis para explorar, mais um extra, no qual as dificuldades são inúmeras e, portanto, desafiantes. É complicado e exige perícia, que deve ser conquistada no jogo em si. O objectivo, em cada fase, é sofrer o menor dano possível no tempo mínimo, além de aprimorar a nossa pontaria. Se alcançarmos certo nível, vamos acumulando armas e outros artefactos, que podemos comprar na tenda (de referir que o StreetPass permite ganhar moedas para serem usadas na compra de armas especiais…). Confessamos que ainda estamos no nível três, o que ainda resta muito por explorar do jogo, que apresenta ainda inúmeras missões por concretizar. Não podemos imaginar o que nos espera no nível extra… Portanto, tenha medo, muito medo. «Resident Evil: Revelations» é realmente um jogo assombroso…

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